domingo, 22 de dezembro de 2013

entendedor

pra um bom entendedor,
meia pal-
basta !

dom?

poesia,
dom?
sem som,
sou o tom
do seu moletom.
marrom,
que dom é esse?
pra que entendimento
de algo que está em discernimento,
diz
cerne
que permanece
intacta
quando a bic ateia fogo
a teia da aranha,
que me amarrou ao jogo,
recebo o troco, 
mas não me troco,
me toco,
te olho,
lhe uso como foco,
para me desfocar
ou adentrar ainda mais
nos problemas que me
encontro?

poesia, o dom do nada,
que cria o tudo,
pelo mundo,
que conversa com cavalheiros,
cavalos,
morcegos,
vagabundos.
oriundo
do fundo
do que a mente está cheia,
esvazia o que há aqui dentro,
e preenche
corações de areia.
na aldeia,
a tribo
é o risco no caderno,
sofrimento no olhar
à risca de giz no terno...

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Desacerto

Você sabe,
mas finge.
Enigma da esfinge,
O final, é sempre o mais triste.

Compra seu haxixe,
toma seu whisky,
No caixão, o mais novo,
Com apenas 20.

A vida é vivida,
Sem tempo pra horas perdidas.
Fatos relevantes,
Marcaram sua despedida.

Não to pronto pra partir,
Tenho um filho pra fazer,
E ensinar a ele
tudo que podemos ser.

Seremos alegria,
pra isso, semeamos,
Isso tem de ser rotina,
No decorrer dos anos.

Manos meio insanos
passam pano pra nojentos,
No final sua mãe chora,
Ao avistar o desacerto

Anunciado na TV pelo Rezende, Datena,
Te corta em pedaços, holocausto pela antena.

É uma pena ver
O comportamento não renova.
Ao ver inocente desamparado,
na jaula que mofa.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Salvação

é o que me resta, pra me livrar da dor
onde o que me prende
é o que me livra de pessoas sem valor,

o amor escasso em meio a terra,
pra procurarmos a paz,
semeamos mais guerra.

e quem disse humanidade,
foi falho em demasia,
ao nos denominarmos humanos,
onde foi parar nossa alegria?

bato na mesma tecla, mas nunca funciona,
mas um soldado preso,
em meio ao fogo de Roma.

Brasil, povo preto, pobre.
que possui voz,
somente pra voltar aos engenhos nobres.

iluminsta, iluminatti,
discussão enquanto o fogo arde,
resolvi virar a cara e ver como meu ego age.

mais um pajé em meio a tribo,
selecionamos os governantes,
enquanto trocamos tiros.

vírus virais, que corrompem ideais,
e eu, trabalhando duro,
orgulho pros meus pais.

nada demais em meio ao convívio escasso,
onde o que vale é seu tênis,
não os degraus que percorreu descalço.

mais alguns percalços,
desato os nós que impedem nossa visão,
mas isso não te dará o dom de enxergar
o que você decidiu deixar pra lá.

são almas vagando em meio ao léo,
cobrindo a inocência com um véu,
oro pedindo aos céus,
agradecimento pela conduta,
de não desistir independente da luta.

cultua a ideia que contamina quem sente,
antes de querer te salvar,
preciso salvar minha mente....