terça-feira, 7 de outubro de 2014

Ponto de vista

Boa noite a todos. Sei que cada um tem suas crenças, seus sonhos e seus sofrimentos. Do fundo da alma, respeito a todas opções que qualquer um aceita para si, desde que haja um equilíbrio entre o bem estar próprio e o bem estar do próximo. Felizmente, no meu ponto de vista, não estamos sozinhos no mundo, e, assim sendo, temos que aprender a conviver entre si, e creio sinceramente que, o respeito e, principalmente, a humildade, são alicerces desse castelo. Não quero de maneira alguma repudiar um ou outro pelas escolhas, mas como cidadão de São Paulo, não posso me calar com o resultado vexatório nessas eleições. Pra acabar com esse assunto, até por que o que já passou, passou, resolvi expor meu pensamento no âmbito do rap, que sempre trouxe consigo, mesmo que intrinsecamente, a revolta, a não conformidade com o que andam plantando em nossa sociedade, principalmente nas de menor renda e de menor acesso às oportunidades. Não preciso ir contra os meus valores para tal revolta, meu rap já é minha denuncia. Peço, antes de mais nada, desculpas se ofender a alguém ou a liberdade de escolha de alguém, mas quero alertar uma coisa: o mais cego é aquele que não quer enxergar. Abrir os olhos não adianta se você joga a sujeira pra debaixo do tapete. Bom, é isso. Boa noite a todos. Paz, amor e consciência!

"Na real, a saída disso é o fundo do poço,
Luz no fim do túnel só escurece o calabouço.
O dinheiro do imposto se destina a outros bolsos,
E o povo necessitado, coleciona mais desgosto.

Mas a culpa não é minha nem sua, é tudo complô,
Mesmo depois de anos de conformidade com tanto K.O.
Quem rouba, quem trafica, quem rege a massa,
É castigo pra quem não lê, se esconde e gosta de ser a caça.

Além de raças e credos, nossos medos são suas vitórias,
Nas urnas, financeiramente e na conquista de novas rotas.
Nós estagnamos, vendo nossos filhos na jaula,
Senão é na cadeia, aprisionados no próprio carma.

Faço do verso minha arma que repugna a intolerância,
De quem faz crescer diariamente a ignorância.
Somos Brasil colônia em plena globalização,
Não no sentido econômico, mas sim no da televisão.

A cegueira contamina mais que livro de Saramago,
E a rota de fuga do abismo é escrever e dar meus trago.
Não perca o seu tempo tentando me entender,
Só analisem os fatos e procurem saber:

Não há democracia onde o povo não interfere,
Isso é maquiagem, que expõe o que me fere.
Transfiro pro papiro toda gota que transpiro,
Esse tiro efetuado calou meu último suspiro...

Pffffffff!!!!!"

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