terça-feira, 28 de maio de 2013

Flor(esceu)aci!

Águia vai à cova, aspirando o cheiro de defunto,
Enquanto PM em São Paulo mata, e no tribunal, muda de assunto.

A morte quando chega, não dá indícios de solidão,
A falta do seu toque em minha pele me trouxe essa sensação.

E quem fez a escolha errada, perdido no pó,
Como dizia Sabó, pra rodar, não vai ter dó.

E tudo que você colhe, você planta, não adianta,
Se dentro da sepultura, sua alma já não canta.

Escolha inevitável, hora desagradável,
Se a vida é um bem, por que a tornamos algo degradável?

Maleável, sentimento indecifrável,
Sinto-me mais frágil, que humanos, atualmente, tem o peito impenetrável.

Tem varias formas, vertentes que decifram a morte,
Com ela, uns desmoronam, e eu encontro motivo pra ser mais forte.

Em choque quando durmo, sinto sua pele na minha,
Os avisos que me dava quando era quase minha vizinha.

Tive a chance de te valorizar, e sei que você me olha de onde está,
Pronta pra por a mão na massa se algum mal vier me atrasar.

Agradeço, não mereço isso pra mim não tem preço,
Cresço, a cada endereço que reside, eu padeço,

Pareço, e você me aparece em pensamentos, devaneios,
Quando em seu cabelo grisalho eu entrelaçava em meus dedos.

Prometo não chorar ao pensar em ti, adereço.
Pois eu vi, percebi que, a sua estadia na Terra valeu muito mais pra mim.

Dona Floraci, floresceu, adoeceu e se foi com primazia,
De onde você estiver, ou pra onde eu for, espero te encontrar pra devolver a alegria...

Que você me trouxe, me traz e pra sempre irá trazer !



-τ soukд S.

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